Compensação de Carbono: como funciona e que vantagens

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Projetos de Compensação de Carbono da Selectra

A compensação de carbono é uma ferramenta fundamental na luta contra as alterações climáticas.

  • Projetos com Certificação Oficial

    Todos os projetos de compensação de carbono da Selectra têm por base certificações oficiais, como o Clean Development Mechanism (CDM) da ONU, que asseguram a sua legitimidade e eficácia.

  • Alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

    Investir em projetos que absorvem ou evitam as emissões de carbono é uma atividade complementar à redução para minimizar o impacto ambiental, uma vez que ajudam a financiação de projetos sustentáveis.

  • Mais de 1,4 milhões de toneladas de CO2 em carteira

    Na Selectra contamos com mais de 1,4 milhões de créditos de carbono em mais de 10 projetos, que contribuem para evitar a emissão de gases de efeito de estufa em todo o mundo.

Os projetos de compensação que apoiamos na Selectra

☀️ Energia Solar

Os painéis solares fotovoltaicos convertem a energia solar em eletricidade, que se utiliza in situ ou é devolvida à rede elétrica. Esta tecnologia é a forma menos contaminante de produzir eletricidade e está no centro da transição energética.

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paineis solares
turbinas eólicas

💨 Energia Eólica

Os aerogeradores transformam a energia inesgotável do vento em eletricidade acessível e baixa em carbono. Esta solução diversifica o mix elétrico, deslocaliza a produção e cria atividade económica.

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🌳 Biomassa

A biomassa é qualquer matéria orgânica que se possa utilizar como fonte de energia, seja por combustão (eletricidade) ou por metanização (biogás). É um recurso renovável e neutro em carbono. Permite ainda reciclar os resíduos e evita as emissões de metano associadas aos aterros.

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matéria orgânica madeira
transportes

🚆 Transporte

Os veículos terrestres consomem a metade do petróleo a nível mundial. Também são os grandes responsáveis pela contaminação atmosférica, perigosa para a população. O desenvolvimento sustentável de transportes públicos é uma questão energética, ambiental e sanitária da máxima importância.

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🌊 Energía hídrica

As centrais hidroelétricas são a principal fonte de energia renovável do mundo. Permitem produzir grandes quantidades de eletricidade de forma fiável, flexível e sem emissão de gases de efeito de estufa.

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barragem

O que é a compensação de carbono?

A compensação de carbono consiste numa forma de pessoas e empresas reduzirem a emissão de gases com efeitos de estufa ou aumentar a capacidade de armazanemanto de CO2, através do financiamento de projetos em energias renováveis.

Basicamente, no nosso dia-a-dia, produzimos um determinado volume de emissões de carbono para a atmosfera, em maior ou menor grau, algumas das quais são inevitáveis. Para mitigar tais impactos, podemos dar três passos diferentes:

  1. Calcular as emissões de carbono
  2. Reduzir ao máximo as emissões
  3. Compensar as emissões de CO2 inevitáveis, através da participação individual ou empresarial, num projeto de compensação de carbono

Como funciona a compensação de carbono?

O processo de compensação de carbono traduz-se num conjunto de etapas, a saber:

  • Um gestor lança um projeto de geração de energia renovável a ser financiado através da venda de créditos de carbono;
  • A viabilidade do projeto depende da auditoria de um organismo externo que certifique o objetivo último de evitar as emissões de gases com efeito de estufa(GEE);
  • Uma vez construído o projeto, os créditos de carbono são vendidos a empresas especializadas, tais como a EcoAct ou Act Commodities, parceiros de compensação da Selectra;
  • Todos os anos, a Selectra compra créditos de carbono aos seus parceiros de compensação e solicita-lhes que retirem o volume de créditos equivalente ao valor total compensado pelos seus clientes;
  • Finalmente, a Selectra recebe um certificado de compensação do seu parceiro de compensação, o qual é enviado a cada cliente, através do correio eletrónico.

Créditos de Compensação de Carbono Os créditos de compensação de CO2 são instrumentos transferíveis entre entidades, independentemente da localização geográfica, com certificação atribuída por governos e instituições certificadas, e com o objetivo principal de beneficiar o planeta, através da redução de gases com efeitos de estufa.

Como sei que a minha contribuição financeira ajuda a evitar as emissões de GEE?

Contributo financeiro

Desde logo, trata-se da certificação do projeto por uma organização que garante e mede a existência de um impacto ambiental positivo. A sua contribuição para a luta contra o aquecimento global deve ser:

  • Adicional: estes projetos não teriam sido possíveis sem o apoio financeiro adicional proporcionado pela venda de créditos de carbono.
  • Permanente: as emissões de GEE têm sido evitadas/retiradas a longo prazo.
  • Mensurável: os projetos apoiados têm um protocolo confiável e internacionalmente reconhecido.
  • Verificado: uma terceira parte audita regularmente o projeto.
  • Único: os créditos de carbono só podem ser vendidos uma vez

A fiabilidade e independência das organizações de certificação estão no cerne da garantia prestada. Todos os certificados são apoiados pelos principais atores internacionais sem fins lucrativos:

  • O Gold Standard foi criado pela renomada organização ambiental WWF e seus parceiros;
  • O MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) foi criado pelas Nações Unidas.
  • A Verra (Verified Carbon Standards) foi criada por iniciativa das ONG Climate Group, International Emissions Trading
  • Association (IETA), World Economic Forum e World Business Council for Sustainable Development (WBCSD).

Projetos de Compensação de Carbono apoiados pela Selectra

☀️ Projetos solares

Charanka (Índia): o objetivo deste projeto é gerar eletricidade que se exportará à rede elétrica regional e vender à Gujarat Urja Vikas Nigam Limited (GUVNL). Esta eletricidade será gerada através de tecnologia solar fotovoltaica, com uma capacidade instalada de 10MW na localidade de Charanka, distrito de Patan, Gujarat, Índia. É esperado que este projeto gere 16GWh de eletricidade por ano. Este projeto evitará uma média de 14 827 tCO2eq por ano.

Shivlakha (Índia): o objetivo deste projeto também é gerar eletricidade, com uma capaidade de 20MW. M/s Solar Semiconductor Power Company (India) Pvt. Ltd (SSPCIPL) é responsável pela construção de uma central de energia solar fotovoltaica de 20MW em Shivlakha, Índia. Este projeto contribui para evitar as emissões de centrais elétricas de combustíveis fósseis e promove o desenvolvimento socio-económico local.

💨 Projetos eólicos

Oaxaca III (México): o projeto Oaxaca III faz parte do Complexo Eólico de Oaxaca. Consiste na instalação de um parque eólico de 102MW no sul do México, onde 65% da eletricidade se gera a partir de combustíveis fósseis. As 68 turbinas eólicas proporcionarão 399.28MWh de eletricidade renovável por ano, durante uma vida útil de 20 anos. Este projeto contribui para a diversificação da combinação energética nacional e para satisfazer a crescente procura por eletricidade nas zonas rurais.

Oaxaca IV (México): este projeto é similar ao de Oaxaca III e poderá evitar uma média de 245.015 tCO2eq por ano.

Cerro de Hula (Honduras): este projeto pretende fornecer eletricidade acessível à rede elétrica de Honduras a partir de uma fonte renovável, limpa e de baixo custo. Consiste no desenvolvimento de um parque eólico conectado ao sistema nacional nas localidades de Santa Ana e San Buenaventura. O projeto contará com 63 turbinas e uma capacidade instalada total de 126MW.

Santa Clara y Eurus (Brasil): o objetivo deste projeto é substituir a geração de eletricidade a partir de combustíveis fósseis por energia eólica, alimentando a rede nacional. Consiste na implementação de 94 aerogeradores na localidade de Parazinho, Rio Grande do Norte, Brasil. Este projeto proporcionará 726.712 MWh de eletricidade renovável por ano.

Rajasthan (India): este projeto consiste num parque eólico de 32 turbinas eólicas, com uma capacidade total de 25.6MW na localidade de Rajasthan, na Índia. Uma vez mais, o objetivo deste projeto é a redução de emissões de centrais de combustíveis fósseis.

🌳 Projetos de biomassa

Trincomalee (Sri-Lanka): este projeto pretende diminuir a escassez de eletricidade em Sri Lanka e proporcionar 72GWh de eleytricidade por ano à Tokyo Cement Company. A planta de biomassa utilizará resíduos agrícolas não tratados, que se iriam decompor ou queimar a céu aberto, e serrim de indústrias madeireiras que não têm outro tipo de utilização. As cinzas serão utilizadas para a produção de cimento. Este projeto é uma oferta de energia limpa, num país onde a rede elétrica depende de centrais diesel. Além disso, permitirá criar 200 postos de trabalho e reduzir a contaminação atmosférica provocada pelos resíduos não tratados, que contribuem um risco para a saúda da populaçao local.

Chandrelohi (Índia): este projeto utiliza biomassa renovável para gerar eletricidade, contribuindo para a produção de energia renovável na Índia. Consiste na instalação de uma turbina de vapor de 7.5MW e um gerador de vapor que utilizam resíduos agrícolas como combustível. Este projeto visa contribuir para o bem-estar social e económico das comunidades locais.

🚆 Projetos de transporte

Metro de Nueva Delhi (Índia): este projeto contribui para a ampliação da rede de metro de Deli, capital da Índia. Consiste na construção de 102km de metro moderno e respetivas carruagens. Também inclui a instalação de um sistema de bilhetes eletrónico e controlo centralizado e coordenado das carruagens. O objetivo primordial é substituir os meios de transporte tradicionais pelo metro: um meio de transporte mais seguro, rápido e eficaz. Este projeto almeja contribuir para a redução da contaminaçao atmosférica, numa cidade onde este constitui um verdadeiro problema de saúde pública e onde a poluição do ar mata aproximadamente 2 milhões de pessoas por ano.

🌊 Projetos hídricos

Central de Paanee (Índia): através deste projeto vão ser desenvolvidas centrais hidroelétricas em 4 regiões distintas da Índia. O projeto consiste na instalação, manutenção e exploração de turbinas hidroelétricas, contirbuindo para a redução da pegada de carbono na Índia.

Atualmente, a Selectra expande a sua contribuição financeira a inúmeros projetos de energias renováveis distribuídos por vários países do mundo.

Por exemplo, entre 2019 e 2021, a Selectra financiou o «Projeto Gandhi», um parque eólico, na Índia, certificado pelo VCS (Verified Carbon Standard).

Com este projeto, produziu-se 36 GWh de energia verde e evitou-se a emissão de mais de 33.000 toneladas de CO2, por ano.

Daqui resultaram outros impactos positivos diretos sobre a população local:

  • 80 escolas foram criadas, contribuindo para o aumento da taxa de escolarização em +50% em Tidi, no distrito de Udaipur, no Rajasthan (Noroeste da Índia);
  • +800 pessoas beneficiaram de ajuda alimentar;
  • Foi criada uma rede elétrica mais estável e acessível

Porquê apoiar um projeto destes na Índia em vez de fazê-lo em Portugal?

Sabemos que o aquecimento global é um problema que não conhece fronteiras. Simultaneamente, todos nós contribuímos e somos afetados por ele, independentemente da nossa localização. Neste sentido, é tão importante reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa na Índia como o é em Portugal.

Então, porquê a índia? Sendo um dos países mais populosos do mundo e uma das economias emergentes dos últimos 20 anos, a Índia encontra-se também entre os países mais poluidores do mundo, sendo altamente dependente de energia proveniente da queima de carvão, forma de produção energética bastante nociva ao meio ambiente.

Por seu turno, em Portugal, a transição energética encontra-se num estado incomparavelmente mais avançado, com grande percentagem de energias renováveis a suprir as necessidades energéticas do país.

Neste sentido, a Selectra encara a transição energética através de uma perspetiva global, oferecendo a possibilidade de todos os consumidores participarem no projeto de um parque eólico onde realmente a mudança faz ainda mais falta.

Participe na Compensação de Carbono A sua participação permite-lhe, individualmente, a possibilidade de compensar as suas próprias emissões de carbono e, coletivamente, uma forma modesta de contribuir para a luta contra o aquecimento global.